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CUSTOS ECONÔMICOS DAS ONDAS DE CALOR AUMENTARÃO CINCO VEZES ATÉ 2060

De acordo com um novo estudo publicado recentemente pelo Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia, as perdas do PIB crescerão constantemente nos próximos 40 anos na Europa devido às ondas de calor. Mais concretamente, os custos das ondas de calor aumentarão para uma média anual esperada de 0,77% do PIB em 2035-2045, para cerca de 0,96% em 2045-2055 e passarão a 1,14% na década de 2060. Ondas de calor ameaçam a saúde humana, animal e vegetal, prejudicam as infraestruturas e diminuem a produtividade dos trabalhadores. Ambientes excessivamente quentes causam tensão fisiológica, reduzem o número de horas produtivas de trabalho, diminuem a capacidade de assimilação das informações e interferem na tomada de decisões.

Em termos de impacto regional, os países do sul da Europa teriam as maiores perdas econômicas devido ao calor excessivo. O estudo aponta que o Chipre será o mais afetado, onde as perdas anuais podem chegar a 3-3,5% do PIB do país até 2060, mas Portugal, Espanha e Croácia também passarão gradualmente de uma faixa de perdas anuais de 2% em 2040 para cerca de 3% em 2060. Romênia, Itália, Grécia e Bulgária também experimentarão aumentos consideráveis em seu impacto esperado, enquanto os países da Europa Central sofrerão impactos negativos mais baixos, mas ainda significativos (por exemplo, até 2050, na Alemanha, as ondas de calor causarão, em média, uma perda anual de 0,5% do PIB do país). Em contrapartida, os países escandinavos, o Reino Unido e a Islândia sofrerão perdas menores anualmente de  0,2% do PIB, ou nenhuma perda.

Fonte:  Comissão Europeia