Indubatata do Oeste, Unipessoal, Lda
Na segunda entrevista desta rubrica de apresentação dos sócios da Porbatata, fomos até à Silveira em Torres Vedras e conversamos com Vitor Gomes, sócio gerente da Indubatata do Oeste, Unipessoal, Lda. Operando essencialmente no mercado interno da batata de indústria, também trabalha com os mercados espanhol e francês.
Porbatata: Como começou a sua relação com as batatas? E como surgiu a Indubatata?
Vitor Gomes: Eu nasci no meio das batatas. O negócio veio do meu pai, que durante 40 anos abasteceu restaurantes e cantinas na zona de Lisboa. No início comecei associado ao nome do meu pai “Agostinho Gomes”, tomei gosto pelo negócio, mas a minha apetência foi mais para a indústria, a parte técnica da conservação e do manuseamento, tentei desenvolver o negócio nesse sentido e devido ao seu crescimento, tive de constituir uma empresa, surgiu a Indubatata, sendo “Indu” de Indústria.
Porbatata: Que tipo de produtos são comercializados pela Indubatata?
Vitor Gomes: Como o próprio nome indica, comercializa batata. Cerca de 95% do total é batata e 5% de cebolas, alhos e batata doce. Do total de batata comercializada 80 % é batata de indústria e as restantes são batata de consumo.
Porbatata: Quais as perspetivas de futuro para a Indubatata e para o sector da batata?
Vitor Gomes: Em relação à empresa, sendo uma empresa jovem (criada em 2009), tem vindo a crescer de forma sustentada, esta atingiu o patamar que considero limite máximo, tendo em atenção os recursos humanos e a estrutura física actual, o objetivo da empresa é manter o mesmo volume de faturação atingido em 2017. Em relação ao sector, este tem muitas variáveis, se estamos a falar da batata portuguesa, para o ano de 2018 prevê-se de fraca a moderada produção, tendo em conta o inverno tardio, mas maior rentabilidade e de preços mais atrativos. Em relação ao mercado externo, devido aos atrasos na plantação, principalmente em Espanha, prevê-se um menor rendimento por hectare e por consequência uma maior estabilização dos preços.
Porbatata: O que espera de uma Associação como a Porbatata?
Vitor Gomes: Espero um ponto de apoio entre as entidades oficiais e os operadores do sector quer a nível nacional, quer internacional.