A empresa ECOVEG CHEMICAL EUROPE SA, encontra-se na Zona Indústrial de Almeirim, é uma casa com 20 anos de existência, conta com um longo percurso, ou seja mais de 30 anos na área da nutrição vegetal e conta com uma equipa de técnicos experientes, no meu caso, encontro-me numa posição de visão estratégia de mercado e da empresa, procura de novos produtos e apoio a toda a equipa.
Como começou a sua relação com as batatas? E como começou a Ecoveg?
A nossa relação com as Batatas de semente começou em Angola com a representação da STET, no qual obtivemos bastante experiência e contactos, pensámos em aproveitar o período do ano em que o nosso core-business está mais calmo em Portugal e que coincide com o início da campanha da semente de batata. Para ter essa mais-valia, juntamos forças com uma empresa Holandesa AGROPLANT e tem sido bastante positivo para ambos. Uma casa que tem suas próprias variedades de semente e logicamente todas as outras que são de venda livre.
Que tipo de produtos e serviços são comercializados pela Ecoveg?
A empresa ECOVEG é uma empresa focada em apresentar uma gama de produtos de extrema qualidade, tanto em adubos granulados NPK, adubos solúveis, matérias-orgânicas, bio-estimulantes, turfas e substratos, somos 100% importadores de todos os nossos produtos e cerca de 80% da gama já é nossa Marca, nossa responsabilidade, prestamos serviço logístico ao nosso cliente e assessoria técnica na recomendação dos nossos produtos.
Quais são os vossos principais mercados/clientes?
O nosso mercado tem sido maioritariamente o mercado nacional, pois estamos por todo o País, contamos para além do armazém em Almeirim, de outro armazém da Povoa de Varzim. Exportamos para Angola já há mais de 5 anos, no entanto encontramo-nos a desenvolver esforços para rapidamente expandir a outros Países, tanto da Europa, como Europa de Leste e África.
Quais as perspetivas de futuro para a Ecoveg?
De momento tentamos manter o que já temos, esforçamo-nos para continuar a encantar ainda mais clientes, mas temos noção de que os momentos que nos acompanham a todos mudaram muito, o Mundo não será mais o que era, a forma de comprar matérias-primas mudou e cada vez mais as grandes decisões são feitas no momento, existe pouca margem de manobra e aqui a experiência e o know-how do saber movimentar-se globalmente vai contar muito. Pelo que esperamos com alguma ansiedade o que aí vem.
Quais as perspetivas futuras para o setor da Batata?
Relativamente ao sector da batata em Portugal, considero que ainda temos um longo caminho a percorrer, temos muito de positivo no País onde estamos, quanto a solo, água e clima para produzir boa batata, temos também já grandes produtores que sabem fazer bem, no entanto o mercado de fresco e indústria, continua a penalizar quem produz. Algo vai muito mal, nos tempos que correm em que as matérias primas estão com custos elevadíssimos, das duas uma ou vai existir menos hectares semeados ou pouco a pouco as empresas agrícolas entram em incumprimento das suas responsabilidades ou então realmente reajusta-se os valores dos produtos que são produzidos.
Na sua opinião quais serão as mais valias da marca coletiva Miss Tata para o sector?
A criação da marca Miss Tata, dá uma ideia/imagem de organização deste sector, é muito importante centralizar e canalizar a imagem a algo, julgo que foi uma ideia muito feliz, pois refresca e oferece esperança de que juntos o sector tenha ainda mais a oferecer, do que em ser penalizado, para tal é preciso realmente que a Marca Miss Tata seja a harmonização de todas as vozes e vontades, em que o resultado é a melhor batata e traga a todos mais valores €.
O que espera de uma associação como a Porbatata?
De uma associação como é a nossa, espera-se sempre que colocada a palavra Associação, ser sempre uma aliança, um grupo de pessoas, um coletivo que une esforços de forma a atingir um fim comum, a mais-valia da associação esta no elevado número de associados, todos eles de elevada importância no setor, de forma nenhuma nenhum associado deverá estar presente para tirar proveito próprio ou do seu negócio, importa aqui sempre a união e não o contrário, para o bem comum, para além de que deverá, obter as melhores informações e oportunidades para reforçar toda a ajuda possível ao sector da batata.
David Dias – Director Executivo da Ecoveg, SA