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UE avança com acordo provisório sobre Novas Técnicas Genómicas (NGTs)

FONTE DA NOTÍCIA: https://www.consilium.europa.eu/fr/press/press-releases/2025/12/04/new-genomic-techniques-council-and-parliament-strike-deal-to-boost-the-competitiveness-and-sustainability-of-our-food-systems/

O Conselho da União Europeia e o Parlamento Europeu anunciaram, a 4 de dezembro de 2025, que alcançaram um acordo político provisório sobre o enquadramento regulatório das Novas Técnicas Genómicas (New Genomic Techniques – NGTs), com o objetivo de reforçar a competitividade e a sustentabilidade dos sistemas alimentares europeus.

Este acordo cria, pela primeira vez, regras específicas para plantas obtidas por NGT, diferenciando-as dos organismos geneticamente modificados (OGM) tradicionais — tema de grande relevância para o sector agrícola europeu, incluindo o da batata.

🧬 O que está previsto neste acordo provisório

As plantas NGT passam a estar organizadas em duas categorias distintas:

CategoriaPerfil RegulatórioResumo
NGT-1Regras simplificadasAlterações equivalentes ao melhoramento convencional.
NGT-2Tratamento como OGMModificações genómicas mais complexas.

Algumas características, como tolerância a herbicidas, ficam automaticamente excluídas da categoria simplificada (NGT-1), mantendo as exigências rigorosas aplicáveis aos OGM.

O acordo inclui ainda:

  • Salvaguardas ambientais
  • Exigências de transparência no mercado de sementes
  • Opção para os Estados-membros restringirem a produção de NGT-2 no seu território

Apesar do avanço político, o acordo não está ainda em vigor:

  • Trata-se de um acordo provisório
  • O texto legal ainda terá de ser formalmente aprovado pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho
  • Só depois poderá ser publicado e aplicado

Ou seja: continua a vigorar o enquadramento atual para OGM até à adoção final da legislação.

A clarificação das regras para NGTs pode abrir novas oportunidades de inovação varietal, incluindo no sector da batata — uma cultura altamente exposta a doenças como o míldio.

Contudo, este tema continua a exigir monitorização técnica e regulamentar, assegurando que possíveis benefícios venham acompanhados de segurança e aceitação do mercado.